Semana Paulo Freire


Todos os anos no mês de maio, as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) homenageiam um dos maiores educadores brasileiros com uma semana de atividades socioculturais dedicada aos alunos e professores. A semana denominada como Semana Paulo Freire tem a finalidade de reverenciar o educador e filósofo brasileiro Paulo Freire. 

Pernambucano nascido em 1921, Freire é conhecido mundialmente tendo em vista a sua grande contribuição na área de educação.
Autor de mais de 40 títulos publicados, tem como obra de maior destaque o livro "Pedagogia do Oprimido", o qual já foi traduzida para 25 idiomas. 
Devido a seu reconhecimento nacional e internacional, em 2012 foi sancionada uma lei que o declarou patrono da educação brasileira. 

Para nós, solenizar Paulo Freire é lutar para democratizar a escola e educar para e pela cidadania. Trata-se, portanto, de lutar por uma escola que forme o povo soberano, o povo que pode mudar o rumo da história, uma escola transformadora, uma escola que emancipa.

Neste ano, para celebrar a data prevista no calendário escolar, durante as últimas semanas, os professores Marco Aurélio, Thiago Oliveira e Vânia Almeida trabalharam assuntos diversos acerca do tema lusofonia. Tais atividades resultaram na mostra "A visão do mundo do lado de cá - uma análise sobre a cultura, a língua e os costumes de países colonizados por Portugal". Por meio de stands expositivos, os alunos dos 3°s anos divulgaram suas pesquisas acerca dos países africanos que têm como idioma oficial a língua portuguesa. São eles: Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e as Guinés Bissau e Equatorial. 
Seguindo essa mesma linha, os alunos dos 1°s anos puderam declamar poesias escritas por autores lusoafricanos como Mia Couto, Antônio Jacinto, Noêmia de Sousa, Conceição Lima e Alda Lara.
Já os alunos dos 2°s anos organizaram a exposição: "A leitura de mundo precede a leitura da palavra", trazendo uma reflexão sobre vocábulos e expressões politicamente incorretas. Com o norte de que, normalmente, quando se fala em “politicamente correto”, referimo-nos à neutralização de uma linguagem ou discurso, evitando o uso de narrativas estereotipadas ou que possam fazer referências às diversas formas de discriminação existentes, como o racismo, o sexismo, a homofobia, o capacitismo, etc.

Paulo Freire defendia o saber científico sem desprezar a validade do saber popular, do saber primeiro. Dizia que não podemos mudar a história sem conhecimentos, mas que tínhamos que educar o conhecimento para colocá-lo a serviço da transformação social. Sua proposta era a de uma reflexão acerca de uma educação participativa na qual ambos - professor e aluno - podem trocar conhecimento, tornando assim o espaço escolar um ambiente mútuo de diálogo e de aprendizado.

Texto: Prof Thiago de Oliveira


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